“Muere lentamente quien no viaja,
Quien no lee,
Quien no oye música,
Quien no encuentra gracia en sí mismo”
“Muere lentamente quien no viaja,
Quien no lee,
Quien no oye música,
Quien no encuentra gracia en sí mismo”
1937-2021
O escultor João Cutileiro morreu hoje, aos 83
anos, após internamento num hospital de Lisboa, sua terra natal, devido a
graves problemas do foro respiratório.
É considerado um dos maiores escultores contemporâneos portugueses, "indiscutivelmente um dos mais singulares artistas
portugueses do século XX": "excessivo, festivo, generoso, o seu
trabalho marcou decisivamente a paisagem artística e cultural em Portugal a
partir do final dos anos 1950 e início dos anos 1960".
Autor de obras polémicas
como o Monumento ao 25 de Abril instalado no Parque Eduardo VII, em Lisboa, e
da figura em mármore de D. Sebastião, instalada em Lagos e inaugurada em 1972,
em que desafiou então o Estado Novo, da sua vasta obra destacam-se também os corpos femininos, um dos seus temas mais marcantes.
João Cutileiro foi condecorado com a Ordem de Sant'Iago da Espada,
Grau de Oficial, em Agosto de 1983, e recebeu o Doutoramento Honoris Causa pela
Universidade de Évora e pela Universidade Nova de Lisboa, este último,
concedido em 2017.
Em 2018,
Cutileiro recebeu a Medalha de Mérito Cultural, atribuída pelo Governo, numa
cerimónia no Museu de Évora que serviu igualmente para formalizar a doação do
espólio do escultor ao Estado português.